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Características surpreendentes da desova de corais


por Jéssika Albuquerque

KimberlyJeffries / Coral Reef Image Bank

Em períodos determinados conforme o ciclo da lua, alguns corais-pétreos iniciam suas desovas em massa, liberando grandes quantidades de espermatozóides e óvulos para serem fertilizados. A maneira como esse processo ocorre é uma dúvida entre os pesquisadores, pois é necessário compreender como esses gametas sobrevivem por diversas horas como plâncton, tendo em vista as muitas ameaças às quais estão submetidos, tais como os predadores, micróbios e estresses como aquecimento das águas.


Em artigo publicado na revista Peer J, uma equipe da Rutgers University descobriu características surpreendentes. Durante os estudos, a equipe percebeu que os óvulos e os espermatozóides parecem ser muito semelhantes em suas funções genéticas durante seu estágio planctônico, apesar de os espermatozoides serem pequenos e muito mais numerosos e os óvulos serem maiores. As proteínas codificadas por genes, em um processo denominado expressão gênica, desempenham muitos papéis críticos e realizam a maior parte do trabalho nas células.

Além dessas importantes observações, os cientistas identificaram dois genes que possivelmente estão envolvidos no reconhecimento entre espermatozóides e óvulos nas águas oceânicas dinâmicas, o que permite que ocorra a fertilização.


Segundo a autora sênior do estudo, Debashish Bhattacharya, professora do Departamento de Bioquímica e Microbiologia da Escola de Ciências Ambientais e Biológicas na Rutgers University-New Brunswick, "muito mais atenção deve ser dada aos gametas de coral, porque tanto o óvulo quanto o espermatozoide são vulneráveis ​​às mudanças climáticas e outras ameaças".


Durante a análise dos genes do coral pétreo Havaiano (Montipora capitata), os cientistas descobriram o funcionamento dos ovos e espermatozóides da espécie. Mas, apesar dos avanços alcançados, os pesquisadores ainda farão análises dos genomas para identificar as possíveis substâncias produzidas para garantir sua sobrevivência e fertilização. Estes resultados serão utilizados em estudos comparativos com espécies de corais que não liberam gametas na água antes da fertilização


"Nossos resultados abrem o caminho para futuras investigações genéticas, particularmente no contexto das influências das mudanças climáticas no ambiente marinho", disse Bhattacharya.

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