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A bactéria mais abundante no oceano carrega um vírus em seu DNA


O organismo mais comum nos oceanos, e possivelmente em todo o planeta, é uma família de bactérias marinhas unicelulares chamadas SAR11. Esses organismos à deriva se parecem com minúsculos balas jujubas e evoluíram para competir com outras bactérias por recursos escassos nos oceanos.


Agora sabemos que esse grupo de organismos prospera apesar - ou talvez por causa - da capacidade de hospedar vírus em seu DNA. Um estudo publicado em maio na Nature Microbiology pode levar a uma nova compreensão das estratégias de sobrevivência viral.


Os oceanógrafos da Universidade de Washington descobriram que as bactérias que dominam a água do mar, conhecidas como Pelagibacter ou SAR11, hospedam um vírus único. O vírus é de um tipo que passa a maior parte do tempo adormecido no DNA do hospedeiro, mas ocasionalmente entra em erupção para infectar outras células, levando potencialmente parte do material genético de seu hospedeiro.


A estratégia de sobrevivência em duas frentes deste vírus difere das similares encontradas em outros organismos. O vírus espreita no DNA do hospedeiro e é copiado à medida que as células se dividem, mas por razões ainda pouco compreendidas, ele também se replica e é liberado de outras células.


O novo estudo mostra que até 3% das células SAR11 podem fazer com que o vírus se multiplique e se separe da célula - uma porcentagem muito maior do que na maioria dos vírus que habitam o genoma de um hospedeiro. Isso produz um grande número de vírus e pode ser a chave para sua sobrevivência.


Segundo o autor principal do estudo, o professor Robert Morris, existem 10 vezes mais vírus no oceano do que bactérias e é importante entender como esses grandes números são mantidos. Como um vírus sobrevive? Se você mata seu hospedeiro, como ele encontra outro antes de se degradar?"


O estudo pode levar a pesquisas básicas que podem ajudar a esclarecer interações vírus-hospedeiro em outras configurações.


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