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Recifes tropicais e temperados são afetados de forma diferente pelas pressões da pesca


Em estudo publicado no mês de junho na revista Ecology and Evolution, uma equipe internacional de pesquisadores se concentrou no que pode acontecer aos ecossistemas oceânicos quando a pressão da pesca aumenta ou diminui e em como isso difere entre os ecossistemas marinhos tropicais e temperados. A equipe, liderada por Elizabeth Madin, da Universidade do Havaí (UH), descobriu que os ecossistemas não respondem de forma universal à pesca.


Tem havido muito debate sobre o grau em que os ecossistemas oceânicos são afetados pela pesca porque essas mudanças ocorrem quando os predadores no topo da cadeia alimentar são removidos, em comparação com a disponibilidade de nutrientes e outros recursos no ecossistema.


Como esperado, nas reservas marinhas onde a pesca é proibida, ocorreu um aumento de longo prazo no tamanho da população de predadores. Segundo a pesquisadora, esta é uma boa notícia para os pescadores, porque, à medida que as populações aumentam, os peixes não reconhecem os limites da reserva e provavelmente 'transbordam' para áreas adjacentes onde a pesca é permitida.


Surpreendentemente, porém, a equipe descobriu que, nos trópicos, o sistema tende a ser predominantemente impulsionado de baixo para cima, enquanto ecossistemas temperados mais frios são mais movidos por força de cima para baixo.


Tem havido muito debate sobre o grau em que os ecossistemas oceânicos são afetados pela pesca porque essas mudanças ocorrem quando os predadores no topo da cadeia alimentar são removidos, em comparação com a disponibilidade de nutrientes e outros recursos no ecossistema.


A hipótese inicial da pesquisa presumia que, em locais onde a pressão de pesca era alta e os predadores estavam esgotados, ocorreria um aumento consequente no tamanho da população das espécies de presas desses predadores e a redução nas presas dessas presas. No entanto, na parte tropical do sistema de estudo, que foi na Grande Barreira de Corais da Austrália, isso simplesmente não aconteceu. Esse resultado preocupou os pesquisadores até perceberem que esse tipo de efeito dominó, chamado de cascata trófica, é simplesmente um fenômeno real, mas raro, nos trópicos.


Madin trabalhou com uma equipe de ecologistas marinhos de todo o mundo, particularmente os do Instituto Australiano de Ciências Marinhas (AIMS) e da Universidade da Tasmânia (UTas). Usando dados de séries temporais para 104 comunidades de recifes que abrangem a Austrália tropical e temperada de 1992 a 2013, eles tinham como objetivo quantificar as relações entre populações de predadores, presas e algas na base da cadeia alimentar; latitude; e status de exploração em escala continental.


A perda de predadores é um fenômeno globalmente difundido que atinge quase todos os ecossistemas marinhos do planeta. A desestabilização do ecossistema é uma conseqüência amplamente assumida da perda de predadores. No entanto, a extensão em que a força de cima para baixo versus de baixo para cima predomina em diferentes tipos de sistemas marinhos não é definitivamente entendida.


Esses tipos de análises em escala de continente só são possíveis com conjuntos de dados grandes e de longo prazo. Este estudo baseou-se em dados do programa de monitoramento de recifes de coral de longo prazo AIMS e da UTas Australian Temperate Reef Collaboration - criando um enorme conjunto de dados de recifes em escala continental.

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