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Série especial “Vidas sob o mar de petróleo” relembra maior desastre ambiental do Brasil


Serão seis animações que mostram o impacto que a tragédia causou e que tem repercussões até os dias de hoje na região

O especial “Vidas sob o mar de petróleo” vai contar em seis episódios como as comunidades locais se organizaram para enfrentar o vazamento de petróleo que atingiu a costa brasileira em 2019. A série conta de como pescadores, marisqueiras, voluntários, sociedade civil e universidades se uniram para minimizar os impactos.

O material foi produzido com base em diversas entrevistas e depoimentos de pessoas que viveram de frente as consequências do vazamento. E o primeiro episódio mostra como que em 2019, o maior desastre ambiental da história do Brasil manchou de petróleo praias de 11 estados brasileiros. Segundo dados oficiais, foram 5,3 mil toneladas de resíduos recolhidos da costa do país.

O total de petróleo retirado das praias é o suficiente para encher 37 mil barris de 159 litros. Lado a lado, esses barris seriam suficientes para percorrer com sobra toda a muralha da China ou, se empilhados, fazer 123 torres do mesmo tamanho da famosa Torre Eiffel (em Paris).

Porém, esta grande quantidade é só uma fração do total que ficou pelo caminho. E até hoje, quase dois anos depois, não se sabe ainda quando o vazamento ocorreu, onde e nem foram identificados responsáveis.

Mas, infelizmente, de acordo com Clemente Coelho Júnior, biólogo, oceanógrafo e professor adjunto do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco (UPE) e co-fundador do Instituto Bioma Brasil, o óleo ainda não acabou. “Existem ainda muitos outros enterrados na areia, sobre os corais como, por exemplo, em Japaratinga (AL). E esses fragmentos menores devem continuar a aparecer durante muito tempo. E não sabemos exatamente quanto ainda foi depositado no fundo dos mares e oceanos e nem quando ou como esse material deve chegar”, afirmar Coelho Júnior.

E até hoje não se tem a dimensão exata do impacto sócio ambiental causado pelo vazamento. E, nem mesmo tivemos avanços relevantes para evitar que tudo volte a acontecer.

Segundo o oceanógrafo e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Luiz Paulo Assad, o Brasil precisa avançar nas medidas de contenção para evitar que uma tragédia similar volte a ocorrer. “Não podemos entender só como prevenção do ponto de vista da contenção em si. Precisamos ter o entendimento do impacto disso nos diversos sistemas marinhos, nos manguezais, corais e no ecossistema costeiro como um todo. E entender impactos sócio econômicos para as comunidades locais. E entre outros fatores que nos permitam conseguir mapear a suscetibilidades ambientais e social para direcionar os recursos e auxílios”, explica.

O próximo episódio mostrará como uma rede de voluntários ajudou a evitar uma tragédia ainda maior.


Episódio 2:


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